sexta-feira, 1 de agosto de 2008




" No reinado de D. Dinis, o processo da Reconquista estava praticamente encerrado. A presença da Ordem dos Templários propiciava o melhor argumento para a defesa do Reino, sendo utilizada como instrumento da política de consolidação nacional implementada por el-rei. Mas, acusações levantadas por Filipe, o belo, de França contra os membros da Ordem levam o papa Clemente V a extingui-la e a promover um concílio em Hispânia para averiguar as responsabilidades nestes territórios.

El-rei D. Dinis não permite a alienação dos bens dos Templários e, com este pretexto, faz um pacto secreto com Fernando IV de Castela, propondo a criação de uma nova ordem militar que receberia em doação aqueles bens. O papa João XXII promulga a bula Ad ea ex quibus que institui em Portugal, a Ordem de Cavalaria de Nosso Senhor Jesus Cristo, destinada a manter a cruzada religiosa contra os sarracenos, atribuindo-lhe a regra de Calatrava, com sede em Castro Marim, e sujeitando-a à jurisdição do abade de Alcobaça.

Na década de vinte do séc. XIV, o reino de Portugal encontra-se em guerra civil. De um lado, os partidários de D. Dinis, e do outro, seu filho herdeiro D. Afonso, apoiado pela nobreza senhorial. Em 1321, numa altura em que era alcaide do Castelo da Feira, Gonçalo Rodrigues de Macedo, o futuro D. Afonso IV, a caminho do Porto, decide tomar o castelo. El-rei avança com as suas tropas em direcção ao norte e retoma a posse do Castelo da Feira. No final da peleja, com a intervenção da rainha D. Isabel, donatária da Terra de Santa Maria, el-rei D. Dinis concede o Castelo da Feira a seu filho.

É uma época agitada, de perseguição e guerra civil e, ao mesmo tempo, de paz e de conciliação, em que, apesar de tudo, o quotidiano de vida laboriosa continua e o mundo medieval não deixa de viver o seu lado festivo e animado".


Eis o tema deste ano da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria, de 1 a 10 de Agosto de 2008, promovida pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira em parceria com a Federação das Colectividades de Cultura e Recreio.

Eu, como todos os anos estarei lá. Como quarta-feira, em princípio, estarei em terras marroquinas, aproveitarei até lá para iniciar a minha viagem ao passado.

Acreditem, é algo a não perder. E quem tiver crianças é uma ocasião única para elas conviverem com os usos e costumes da Idade Média. Se algum dos amigos necessitar de um cicerone, é só avisar.



(Texto e imagem retirado de Idademedieval.com)


5 comentários:

mtheman disse...

lá tás tu a deixar um gajo de água na boca :P

NI disse...

Um gajo de água na boca? Mau...

Pega na Anuska, entra na A1, é sempre a direito, sais na saída que diz Santa Maria da Feira. Ahahahahah

NI disse...

Já me esquecia. Pago-te umas sandes de porco assado à idade média (sim que lá cumpre-se na risca os costumes. Come-se em cima da palha, bebe-se em copos esquisitos, e mesmo os euros têm que ser trocados pela moeda de então.

Só não te convido para te levar ao assalto ao castelo porque já não estou cá. Mas sempre te posso levar a ver as justas.

Dormir também não é problema. Tenho uns bons sacos cama. O tempo está bom, pelo que podem perfeitamente dormir no jardim da minha casa, eheheheheh.

mtheman disse...

só para dizer que tem casa com jardim :P

NI disse...

Podes crer, ahahahahahahah

Bjs

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Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso