sexta-feira, 30 de maio de 2008

Foi num dia 30 de Maio. Há 21 Anos




Porque continuamos juntos?


Esta questão é tão mais relevante se considerarmos que somos a antítese um do outro.


Ele ponderado, eu impulsiva.


Ele racional, eu emocional.


Temos uma relação normal mas muito longe da perfeição. A nossa relação nunca foi fácil. Feitios opostos conduzem, inevitavelmente, à discussão, a dizer coisas que não sentimos realmente. A magoarmo-nos mutuamente com palavras que perdem todo o sentido mal são proferidas.


Porque continuamos juntos?


O início da nossa relação foi tudo menos perfeito.


No dia que nos conhecemos foi uma antipatia mútua. Achava-o prepotente. Ele nunca me confessou o que achou de mim quando me conheceu naquela manhã de Setembro.


E a antipatia manteve-se por mais um par de meses.


Ele era o técnico de som que assistia os meus programas. Ele não deixava passar uma oportunidade para me criticar. Cheguei a pedir para mudar de horário só para não ter que olhar para ele.


Não sei explicar porquê mas, em Dezembro, tudo mudou.


A verdade é que 5 meses depois estávamos casados. Contra tudo e contra todos. Casamos contra a vontade das famílias. Casamos contra o cepticismo dos amigos. Casamos apenas com a convicção de que era o que nós queríamos.


Porque continuamos juntos?


Escrevi uma vez que, para mim, o amor é algo tranquilo, sereno e ao mesmo tempo forte e sólido, que não depende do humor nem do desejo e não está sujeito a chuvas e trovoadas, que sobrevive à rotina, à convivência, às crises financeiras, aos problemas materiais, físicos, familiares, de trabalho. Afirmei que amar também é admirar, conviver, conhecer, partilhar, participar, dividir e aceitar.


Porque continuamos juntos?


Nunca fomos, nem somos, um casal perfeito (nem acredito que tal exista). Mas não duvido que gostamos muito um do outro.


Mas, acima de tudo, sempre fizemos questão de ultrapassar as crises. Porque ambos, ao longo da vida, tivemos que lutar por aquilo que queríamos. Nunca ninguém nos deu nada.


Sei que não sou uma pessoa fácil. Ele também não o é. Mas ambos nos recusamos a aceitar o caminho mais largo e curto.


Por duas ou três vezes quase apeteceu a ambos desistir. Mas, ao olhar um para o outro, facilmente chegamos à conclusão de que valia a pena lutar. Porque valia a pena lutar por aquilo que sentíamos. Porque valia a pena optar pelo caminho mais difícil: toleramos, perdoamos, cuidamos e esperamos.


Porque não subestimamos o poder de um ombro amigo, de um carinho, de um olhar honesto, de um sorriso cúmplice.


Porque ambos somos amigos incondicionais, cúmplices e leais. Porque vale a pena fazermos a caminhada juntos.


Gosto de pensar que isto é o verdadeiro amor.


Alguém disse que a vida apresenta-nos milhares de pessoas e cada uma delas cumpre um papel na nossa vida. Ele cumpre o papel do meu companheiro incondicional.


Porque continuamos juntos?


Porque somos a antítese um do outro, logo completámo-nos.


Não me arrependo da opção que fiz naquele dia 30 de Maio.


E fico feliz por o ter ao meu lado há 21 anos.





Have I Told You Lately - Rod Stewart

terça-feira, 27 de maio de 2008

Porque hoje me apetece dizer isto


As magníficas paisagens de África, a banda sonora arrepiante, as inesquecíveis interpretações de Robert Redford e Meryl Streep tiveram em Sydney Pollack um realizador ímpar.

Mas se África Minha constituiu o maior êxito de Pollack", que lhe valeu os Óscares de Melhor Realizador e Melhor Filme em 1986, outros filmes ficarão para sempre na história cinematográfica. Desde Tootsie", de 1982, no qual conseguiu que Dustin Hoffman aparecesse disfarçado de mulher e "Entre Dois Amores", de 1985; passando pela "A Firma", em 1993, e, mais recentemente, "A Intérprete", de 2005, com Nikole Kidman. O último filme em que Sydney Pollack participou foi “Michael Clayton – Uma Questão de Consciência".

Sydney Pollack, um dos meus realizadores preferidos, morreu ontem vítima de cancro.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O abraço



Nas minhas habituais pausas para fumar um cigarro deparei-me com duas colegas que, acaloradamente, discutiam a importância dos afectos.

Uma delas defendia que o beijo era a melhor forma de transmitir afectos. A outra defendia que era dar a mão.

No meio das fumaradas vi-me envolvida em pensamento no assunto.

O mundo dos afectos é o que une os seres humanos. É aí que se encontram os sentimentos.

Como transmitimos os nossos sentimentos é a forma de perceber o outro.

Todo o ser é único. Toda a forma de transmitir aquilo que cada um sente é única.

Admito que dar a mão a outro ou dar um beijo é uma forma de transmitir afectos mas, para mim, nada se assemelha a um abraço.

Um abraço, mais do que a aproximação de dois corpos, é sentir o outro. Entender o outro. É encontrar um porto de abrigo.

Um abraço é o entendimento perfeito de dois seres.

Pensamento da semana



É como se pudesses invadir a minha alma, decifrar os meus pensamentos, adivinhar o que eu preciso e me trazer tudo isso com o simples facto de estares presente

Desconhecido


I can't believe it's over
I watched the whole thing fall
And I never saw the right man was on the wall
If I don't land
Days were slipping past
That the good things never last
That you were crying

Summer turned to winter
And the snow it turned to rain
And the rain turned into tears upon your face
I hardly recognized the girl you are today
And god I hope it's not too late
It's not too late
'Cause you are not alone
I'm always there with you
And we'll get lost together
Till the light comes pouring through
'Cause when you feel like you're done
And the darkness has won
Babe, you're not lost
When your worlds crashing down
And you can't bear to fall
I said, babe, you're not lost

Life can show no mercy
It can tear your soul apart
It can make you feel like you've gone crazy
But you're not
Things have seem to changed
There's one thing that's still the same
In my heart you have remained
And we can fly fly fly away

'Cause you are not alone
And I am there with you
And we'll get lost together
Till the light comes pouring through
'Cause when you feel like you're done
And the darkness has won
Babe, you're not lost
When the worlds crashing down
And you can not bear to crawl
I said, baby, you're not lost
I said, baby, you're not lost
I said, baby, you're not lost
I said, baby, you're not lost




Lost - Michael Buble

domingo, 25 de maio de 2008

Guilty Pleasure

Eu sei que o Sadeek é um querido. Ele sabe que eu gosto dele. Mas, daí a lançar-me o desafio para enumerar os meus 10 “guilty pleasures” é que já não tem graça nenhuma.

Anda para aqui uma pessoa a fazer um esforço enorme para transmitir uma imagem credível e sai este desafio na rifa.

Apesar de ter consciência que metade dos meus amigos vão pensar que estou a ser assolada de uma crise de meia-idade, cá vão os meus, agora confessáveis, “guilty pleasures”:

1 - Comer do que gosto até me começar a doer o estômago. É o verdadeiro pecado da gula.

2 – Ler romances da “Bianca”, “Sabrina” e afins. Inacreditável não é? Mas tem uma justificação lógica (pelo menos é a mensagem que tento passar). A minha profissão obriga-me ler, várias horas por dia, livros técnicos, extensos pareceres e acórdãos. Como se não bastasse, sou mal paga. O melhor antídoto que encontro para a minha frustração é ler, ou para ser completamente honesta, “devorar” se tivermos em conta que leio um livro daqueles todas as noites antes de adormecer e num espaço de uma hora) um romance em que o homem é sempre uma obra-prima da mãe natureza e, ainda por cima, multimilionário). Esta é a razão que me fica melhor. A verdade? Sou uma romântica inveterada e gosto dos livros que acabam bem.

3 – Tal como a Cristina, leio o meu horóscopo todos os dias. Acredito na influência dos astros nalgumas facetas da nossa personalidade mas não acredito nas previsões. Mas, também eu, não consigo resistir a ler no jornal o que os astros me reservam (que eu me lembre em 43 anos de existência nunca acertaram).

4 – Passo o dia a ouvir música. Não prescindo nem quero prescindir. Ajuda-me a manter a minha sanidade mental. Que estilo? Obviamente romântica…·

5 - Ver as séries do AXN.

6 – Comprar carteiras. Se tivesse dinheiro andava com uma carteira diferente todos os dias. Não ligo a roupas e sapatos, mas carteiras…

7 – Peso-me todos os dias antes de me deitar o que é uma verdadeira paranóia se tivermos em conta que todos os dias engordo, pelo menos, mais um grama. Deve ser o meu lado masoquista a funcionar.

8 – Ser maliciosa. Não consigo resistir. Qualquer conversa comigo acaba sempre por caminhos que não ficam nada bem a uma boa mãe de família. A culpa é da língua portuguesa, é muito traiçoeira.

9 – O tempo que perco com os blogues. Nem queiram saber…

10 – Deitar-me ao domingo de tarde. Adoro essas horas de pura “sostrice” (esta palavra é de calão pelo que não deve vir no dicionário).

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Porque hoje me sinto assim...


Triste (apesar de não ter motivo), cansada...

Vou aproveitar este fim-de-semana prolongado para descansar.





IF I LET YOU GO.mp3 - WESTLIFE

domingo, 18 de maio de 2008

Pensamento da semana


"O beijo é um truque delicioso arquitectado pela natureza para interromper a fala quando as palavras se tornam supérfluas".
Ingrid Bergman





sexta-feira, 16 de maio de 2008

Pensamento para o fim-de-semana


'A suprema felicidade da vida é a convicção de ser amado por aquilo que você é; ou, mais correctamente, de ser amado apesar daquilo que você é.'
( Victor Hugo )



quarta-feira, 14 de maio de 2008

Os meus pequenos grandes Ódios..

O Pensador desafiou-me para indicar 6 coisas que odeio e a nomear no final outras 6 pessoas que ficarão desafiadas a fazer o mesmo.

Não sei se o verbo odiar será o apropriado para descrever o sentimento que as situações que vou mencionar me suscita. Mas isso agora não interessa nada.

Aqui estão os meus "pequenos grandes ódios"!


1º - Injustiça

Ainda hoje, com 43 anos de experiência em cima, continuo a não saber lidar com a injustiça. Um dos meus maiores desgostos foi saber que, mau grado a profissão escolhida, nunca conseguiria acabar com a injustiça. Foi como deixar de acreditar no Pai Natal. O meu pai era que tinha razão quando dizia que iria derramar muitas lágrimas à custa desta utopia.


2º Hipocrisia

Confesso. Sou uma inepta no que diz respeito à hipocrisia. Nalgumas situações garanto-vos que me tinha dado imenso jeito. Mas não vale a pena. Não consigo ser hipócrita e abomino hipócritas. É daquelas situações em que me dá vontade de pregar dois valentes estalos ao seu autor.


3º - Falta de educação

E não deixo a coisa por menos. Todas as formas em que ausência de educação se manifeste.


4º - Pessoas que "sobem" recorrendo a expedientes que nada têm a ver com a competência e o trabalho e que ainda se fazem passar por inteligentes, com tiques de superioridade

Esta situação é daquelas em que a minha indignação e revolta são imensuráveis. Mas, confesso, demonstro uma certa capacidade para me fazer passar por tola de forma a que a ignorância deles sobressaia. Costumo ser bem sucedida.


5º - Pessoas com barriga de rico e bolsa de podre

Principalmente para fazerem “vistaça” ao vizinho do lado. Realizam-se tentando demonstrar que têm mais que os outros. Gente convencida e com manias de superioridade.


6º Parasitas sociais ou profissionais da “esperteza saloia”

Abomino aquela gentalha que vive à custa dos outros e ainda faz publicidade disso. Mas, o mais grave ainda é o reconhecimento de inteligência que, de uma maneira geral, é dada pela sociedade. Para mim não havia complacência. Pena de Prisão para os chicos-espertos.


Vamos, então, às vítimas:

Teria que nomear 6 vitimas mas o Pensador, como sempre diga-se, encarregou-se de nomear algumas das que eu iria nomear. Como sou boazinha vou diminuir o número de convidados a revelar os seus pequenos grandes ódios. São eles:


Solo;

Victor

Lisa

terça-feira, 13 de maio de 2008

Pensamento da semana


Fácil é ditar regras. Difícil é seguí-las.
Ter a noção exacta de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Pensamento para o fim-de-semana


É tão natural destruir o que não se pode possuir, negar o que não se compreende, insultar o que se inveja.
Honoré de Balzac

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Será?


Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.

Clarice Lispector

domingo, 4 de maio de 2008

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Será que

Vocês continuam a ser meus amigos se eu me levantar neste momento e dirigir-me a um local para pregar duas valentes bofetadas num fulano?

Palavra de honra, a última vez que entrei numa cena de pancadaria tinha 10 anos .

quinta-feira, 1 de maio de 2008

O que é mais importante?


Voltamos às nossas discussões.

O que é mais importante?

O Amor? A Paixão? A amizade?

Nas anteriores discussões a maioria defendeu que dificilmente o amor seria para sempre, que as paixões eram efémeras e amizade era uma forma de amor.

Será possível afirmar que um sentimento é mais importante que outro?


A discussão está aberta e as votações no inquérito também.






Nota - A música é dedicada ao meu chefe que ontem quase desesperou comigo porque eu estava sempre a trautear este tema e ele ameaçou-me com um processo disciplinar. Pode ser que me mande descansar uns dias para casa.

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Porque não defendo:guetos, delatores pidescos, fundamentalismos e desobediência civil. Porque defendo o bom senso